Dias atrás perdi um primo querido de forma natural. Adoeceu
e foi. Semana passada perdi outro de forma brutal. Tão jovem ainda. Na primeira
ocasião eu me perguntava inconformada, devido as circunstancias da morte,
porque ele não se cuidou? Porque?
Nesta outra morte torno a me perguntar, porque ele não se
cuidou? Por que?
Por que os pais tem que passar por tamanha dor. Por que
deixar a vida assim sem um real motivo. Em nenhum dos casos houve um real
motivo. Aquele motivo sem solução.
Por que nossos filhos com tanta informação entram nessa, pra
depois nunca mais sair.
Por que é tão difícil entender quando falamos, o que falamos
e por que falamos.
Por que la no início de tudo o que os faz ser tão ignorantes
tendo tudo estampado na cara, porque tudo hoje está mais do que estampado na
cara. E mesmo assim todos os dias todas as horas milhares começam nesse caminho
sem volta. Deixando pra traz um rastro de destruição, de desolação de dor, de
sofrimento sem fim.
As pessoas hoje parecem não ter identidade. Me parecem
perdidas no meio de um mundo de fantasia, onde tudo é ilusão. Não sabem quem
são. Não sabem o que querem, porque querem, se querem. Não sabem a quem pertencem.
Cheguei a conclusão que as pessoas não sabem o que é o amor.
Não se importam consigo mesmo, não se importam com seus pais, não se importam com
seus familiares com ninguém, com nada.
Me bateu uma tristeza de pensar que são tantos pais sofrendo
pela falta de amor. Falta de Deus, falta de objetivos na vida. Falta de
esperança.