É o fim...

Ahhh o amor.
Sentimento estranho, arrebatador, confuso, possessivo. Vive- se anos a fio amando, e num dia qualquer, de um jeito qualquer, num minuto qualquer, se dá conta que não existe mais.
Tão triste quando se descobre não amar mais aquela pessoa que seria pra sempre.Como pode ser, era para ser pra sempre.
Um sentimento de tristeza invade o amante. Mas ao mesmo tempo um sentimento de alívio, porque na verdade tudo ainda estava camuflado, escondido, até que num dia qualquer, de um jeito qualquer, num minuto qualquer tudo se revela, fica claro.
E aí um sentimento de perda invade. A tristeza toma conta do ser. Toma conta pelos sonhos que não serão mais dos dois, pelos momentos que não serão mais dos dois, pelas alegrias que não serão mais dos dois. Em que momento tudo começou a morrer. Se questiona onde foi que se perdeu.Onde está aquele amor, cantado em versos, aquele amor ardente demonstrado em carinhos só dos dois. Aquela falta da pessoa amada, aquela angústia da demora do encontro. A dor da despedida que acaba no encontro seguinte. Agora a dor é outra. É dor de despedida do mundo a dois. É dor de descoberta, de perda. Não existe despedida sem dor. Seja despedida momentânea, seja despedida definitiva. Ahhh o amor. Amor que cega, amor que alimenta, amor que dói. Amor que faz sonhar, amor que faz chorar, amor que faz gritar, amor que ilumina a vida, amor que escurece o dia. Amor que começa, amor que termina. É o vazio do amor. É o fim da história daquela maneira. Outras histórias serão vividas, mas não mais aquela. É o fim....