segunda-feira, maio 20, 2013

Quem não quer? Quero que você me ame mais do que eu mereço, que me chame a qualquer hora, que mande mensagens improvisadas, que sorria quando me vir despenteada e diga que fico bem assim. Quero que ria das minhas inconstâncias, que aceite meu jeito atrapalhado de te agradar, que leia nas entrelinhas o que as palavras não conseguem externar. Quero que cochiche em meu ouvido palavras sem sentido e segredos nossos. Quero que me ligue de madrugada, diga palavras impensadas e apareça sem avisar. Quero que se apresse em se aconchegar e que demore pra partir. Quero que nas despedidas me olhe lendo minha alma e se permita ficar mais um pouco. Quero que traga flores sem data programada e não apenas quando quiser se desculpar. Quero passeios de mãos dadas, sua melhor gargalhada, beijos sem razão e abraços a qualquer hora. Quero café da manhã na cama num dia de chuva e sentir o enroscar dos pés. Quero reciprocidade, parceria, braços dados, enlaçados, aconchegados e, claro, pra não cair na rotina, quero briguinhas que terminem em beijos acalorados. Quero banho de chuva, piquenique na montanha, luau na praia, conversas regadas a vinhos, risos e abraços... Ah, quero me perder nos abraços, mas, afinal, quem não quer? Luciana Chemim

sexta-feira, maio 17, 2013

Esquecer você...

Não posso esquecer, esses olhos verdes, tantas vezes me olharam, me chamaram, me despiram, me agradaram. Não posso esquecer esses braços fortes, tantas vezes me seguraram, me abraçaram, me apertaram. Não posso esquecer, esse beijo doce, tantas vezes me beijaram, tantas vezes , tantas vezes meu corpo deslizaram. Não posso esquecer, esse olhar fixo, tão fixo em mim que doía, me intimidava, me deliciava. Não posso esquecer teu corpo no meu, me pedindo pra ficar grudada em você. Me diz como posso esquecer, teu rosto, teus olhos me olhando, me devorando. Não posso esquecer, o calor dos teus beijos, o sabor da tua pele, o desejo de você. Não posso esquecer, tua indiferença, não posso esquecer teu desprezo, não posso esquecer.

sábado, maio 11, 2013

Mãe...

Hoje quero refletir sobre essa coisa louca que é ser mãe. É sim uma coisa muito louca, porque desde o momento em que queremos ser mãe, nunca mais a palavra medo nos abandona. Medo de não poder ser mãe, da espera, da incerteza, medo da dor, medo do nosso filho não conseguir nascer, medo de não ser saudável. Depois medo de nunca mais conseguir dormir uma noite inteira, ou de não acordar quando é preciso. Medo de esquecer da mamada, da troca, medo da febre que acontece. Medo de deixar o filho, pra sair trabalhar, medo que alguém o machuque, medo de não conseguir dar tudo o que eles precisam, e de não dar o tamanho do amor que nem a gente consegue mensurar. Medo de ser muito protetora e impedir que eles cresçam, e medo de passar a ideia que não estamos preocupadas. Medo que alguém os leve da gente, medo que eles não sejam do bem. Medo que se acidentem, medo que arrumem briga, medo medo medo. Quantos medos não passamos depois que somos mães. Então nos chamam de loucas, de neuróticas, porque realmente viramos numa louca quando alguma ameaça se volta pro lado da nossa cria, aí deixamos de ser racionais, deixamos de ser humanas e viramos numa leoa. Eu sempre digo que diante de alguma coisa ameaçando meus filhos eu cresço de 1,58 mts pra 3,00 mts de altura e viro um paredão. Nada nesse mundo,nada mesmo é mais forte que ser mãe. E mesmo que a gente faça de conta que esquece deles, nunca se deliga, porque o peito avisa quando alguma coisa não vai bem. Essa intuição de mãe não tem falha. E novamente por isso nos chamam de loucas, quando a noite bem de mansinho vamos lá escutar a respiração deles, com um aperto enorme se por um segundo sequer não sentimos o ar saindo pelo narizinho, e me digam quantas vezes a gente mexe no bebezinho ali dormindo pra ver ele espichar uma perninha ou bracinho e assim podermos voltar tranquilas a dormir. Ou mesmo depois de adultos quando a gente disfarça e liga no meio da noite pra tentar saber como estão, ou ouvir o ruido que denuncie onde estão... tudo isso pelo medo. Esse sentimento ronda pra sempre a vida da gente. Sabemos que eles se vão, pra voar outros ares, andar outros caminhos, sabemos da saudade enorme que vamos ter, mas mesmo assim, mesmo na hora de dizer tchau, incentivamos e apoiamos a escolha. Hoje sendo mãe penso na minha mãe, que sempre nos defendeu com unhas e dentes, sempre sendo fortaleza, tão pequena e enorme fortaleza. De tão fortaleza que ela ainda é que muitas vezes esqueço da fragilidade dela, que depois das tempestades sempre acaba se abatendo. Mas na hora H ela sempre está ali, aquela fortaleza. Muitas vezes me torno fortaleza porque me lembro dela. É pra ela que eu ainda corro, tanto pra chorar quanto pra rir. E assim essa missão de ser mãe me faz ir pra igreja quase todos os dias rezar, e pedir a benção de Deus tanto para os filhos quanto para os pais. São tantas histórias de super mães, que quando as escuto fico pensando que a gente tudo suporta. Mesmo quando nos chamam de loucas. E por todos esses medos juntos que o meu maior medo é o de morrer antes deles estarem com a vida encaminhada.... Nada é mais forte, que essa ligação de mãe. Essa é a missão mais importante que recebemos nessa vida, gerar outras vidas, esse amor maior, que nos faz errar, nos faz acertar, nos faz lutar, nos faz superar, nos faz nos fantasiar, nos faz poderosas, protetoras, brigonas, ciumentas, egoístas, orgulhosas, bobooonasss ao extremo, e loucas, muito loucas. Um beijo a todas as mães, a minha mãe, a minha irmã que é mãe, as minhas amigas mães.

quarta-feira, maio 08, 2013

Já me peguei pensando se eu quero pouco da vida. Se eu me contento com metades. Me pego muitas vezes pensando onde foi que eu comecei a errar, quando foi que eu comecei a errar, a fazer escolhas erradas. Ou se é que foram escolhas erradas. Eu sempre sonhei em ter uma família perfeita, com pai, mãe, filhos, na mesma casa, com os mesmos objetivos. Claro que não sou ingênua para imaginar que não teria problemas. Mas nunca imaginei ter graves problemas. Tive tantos momentos de angústia, de insegurança, de raiva mesmo, que os momentos de alegria se perderam por serem tão poucos. Sempre fui insegura, quase tímida, mas mais insegura. Tinha medo de falar em público, medo ficar doente, medo de morrer. Engraçado que quando me casei, não me via com ele no final da vida. Mesmo antes de pensar em separar. Pois é, não temos como saber como será o amanhã. Por mais que hoje eu tente fazer tudo certo, não sei o que isso vai mudar no meu amanhã. Penso hoje que foram tantas as decisões confusas, mal interpretadas, sem sucesso. Mas ao mesmo tempo fico aqui com sono, porque não quero ficar atrás de acertos, Cansei de ´pensar neles, se existiram ou não. Cansei de querer ser mais, ter mais, ser a mais. Hoje não sei se por decepção, maturidade, velhice mesmo, cansei. Cansei da luta incerta, da busca inútil, do sonho em vão. Hoje só queria que me conquistassem, que a busca fosse de outro, não minha. Queria hoje somente o colo oferecido, o beijo roubado, o calor espontâneo. A valsa sonhada, rodada, dançada. O ombro amigo, o corpo colado, a mão na tua, o sentir da respiração no pescoço, tudo tão encantado.

terça-feira, maio 07, 2013

Príncipe encantado

Em vários momentos da vida se encontra o príncipe encantado. Não tem cavalo branco, as vezes nem tem aparência de príncipe, mas com certeza naquele momento, é o príncipe encantado. E de tão encantado que perde -se o sono. Perde- se a fome, tudo por causa do príncipe encantado. Música lenta, corpos grudados, dança- se a valsa com o príncipe encantado. Promessas murmuradas de amor eterno. Amor demonstrado em um beijo demorado, tão demorado desse príncipe tão encantado. É tanto amor no coração guardado, tanta paixão por esse príncipe encantado. O tempo não passa, as horas são longas, se a saudade bater do príncipe encantado. Onde está você, meu príncipe encantado, que de tão encantado talvez só exista na imaginação do momento. Momento tão bom que se quer parar o tempo, no som daquela valsa, no gosto daquele beijo, no calor do abraço encantado.

quarta-feira, maio 01, 2013

Esquecer você

Passei dias querendo entender. Entender porque agiu assim comigo. Mas minha covardia não me deixou te procurar. Covardia, orgulho, frustração, não sei. Mas deveria ter perguntado, questionado, o porquê agiu assim comigo. Não posso entender mentira, não posso entender nem aceitar. E assim você saiu do meu universo. Universo tão pequeno. E assim do mesmo jeito que você chegou você se foi. Nem rastros você deixou. Melhor, assim não corro o perigo de ir atrás de você e mais uma vez sofrer. Sofrer com a decepção, sofrer com a ausência, sofrer, sofrer. Passei dias querendo entender. Entender porque todos os dias ainda me lembro de você. Você que só mentiu, enganou, brincou, me fez sofrer, sofrer, sofrer. E assim você continua a habitar meu universo, Universo tão pequeno. Pequeno ao ponto de você, apesar de mentido, enganado e me feito sofrer, sofrer, continua a perturbar minha paz. Passei dias querendo entender. Mas entender pra quê. Nada vai mudar o contexto. Então decidi tentar te esquecer, tirar você definitivamente do meu pequeno universo. E assim estou, tentando te esquecer, esquecer do teu rosto, esquecer do teu cheiro, esquecer, definitivamente de você.