sábado, maio 11, 2013

Mãe...

Hoje quero refletir sobre essa coisa louca que é ser mãe. É sim uma coisa muito louca, porque desde o momento em que queremos ser mãe, nunca mais a palavra medo nos abandona. Medo de não poder ser mãe, da espera, da incerteza, medo da dor, medo do nosso filho não conseguir nascer, medo de não ser saudável. Depois medo de nunca mais conseguir dormir uma noite inteira, ou de não acordar quando é preciso. Medo de esquecer da mamada, da troca, medo da febre que acontece. Medo de deixar o filho, pra sair trabalhar, medo que alguém o machuque, medo de não conseguir dar tudo o que eles precisam, e de não dar o tamanho do amor que nem a gente consegue mensurar. Medo de ser muito protetora e impedir que eles cresçam, e medo de passar a ideia que não estamos preocupadas. Medo que alguém os leve da gente, medo que eles não sejam do bem. Medo que se acidentem, medo que arrumem briga, medo medo medo. Quantos medos não passamos depois que somos mães. Então nos chamam de loucas, de neuróticas, porque realmente viramos numa louca quando alguma ameaça se volta pro lado da nossa cria, aí deixamos de ser racionais, deixamos de ser humanas e viramos numa leoa. Eu sempre digo que diante de alguma coisa ameaçando meus filhos eu cresço de 1,58 mts pra 3,00 mts de altura e viro um paredão. Nada nesse mundo,nada mesmo é mais forte que ser mãe. E mesmo que a gente faça de conta que esquece deles, nunca se deliga, porque o peito avisa quando alguma coisa não vai bem. Essa intuição de mãe não tem falha. E novamente por isso nos chamam de loucas, quando a noite bem de mansinho vamos lá escutar a respiração deles, com um aperto enorme se por um segundo sequer não sentimos o ar saindo pelo narizinho, e me digam quantas vezes a gente mexe no bebezinho ali dormindo pra ver ele espichar uma perninha ou bracinho e assim podermos voltar tranquilas a dormir. Ou mesmo depois de adultos quando a gente disfarça e liga no meio da noite pra tentar saber como estão, ou ouvir o ruido que denuncie onde estão... tudo isso pelo medo. Esse sentimento ronda pra sempre a vida da gente. Sabemos que eles se vão, pra voar outros ares, andar outros caminhos, sabemos da saudade enorme que vamos ter, mas mesmo assim, mesmo na hora de dizer tchau, incentivamos e apoiamos a escolha. Hoje sendo mãe penso na minha mãe, que sempre nos defendeu com unhas e dentes, sempre sendo fortaleza, tão pequena e enorme fortaleza. De tão fortaleza que ela ainda é que muitas vezes esqueço da fragilidade dela, que depois das tempestades sempre acaba se abatendo. Mas na hora H ela sempre está ali, aquela fortaleza. Muitas vezes me torno fortaleza porque me lembro dela. É pra ela que eu ainda corro, tanto pra chorar quanto pra rir. E assim essa missão de ser mãe me faz ir pra igreja quase todos os dias rezar, e pedir a benção de Deus tanto para os filhos quanto para os pais. São tantas histórias de super mães, que quando as escuto fico pensando que a gente tudo suporta. Mesmo quando nos chamam de loucas. E por todos esses medos juntos que o meu maior medo é o de morrer antes deles estarem com a vida encaminhada.... Nada é mais forte, que essa ligação de mãe. Essa é a missão mais importante que recebemos nessa vida, gerar outras vidas, esse amor maior, que nos faz errar, nos faz acertar, nos faz lutar, nos faz superar, nos faz nos fantasiar, nos faz poderosas, protetoras, brigonas, ciumentas, egoístas, orgulhosas, bobooonasss ao extremo, e loucas, muito loucas. Um beijo a todas as mães, a minha mãe, a minha irmã que é mãe, as minhas amigas mães.

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