quarta-feira, maio 08, 2013

Já me peguei pensando se eu quero pouco da vida. Se eu me contento com metades. Me pego muitas vezes pensando onde foi que eu comecei a errar, quando foi que eu comecei a errar, a fazer escolhas erradas. Ou se é que foram escolhas erradas. Eu sempre sonhei em ter uma família perfeita, com pai, mãe, filhos, na mesma casa, com os mesmos objetivos. Claro que não sou ingênua para imaginar que não teria problemas. Mas nunca imaginei ter graves problemas. Tive tantos momentos de angústia, de insegurança, de raiva mesmo, que os momentos de alegria se perderam por serem tão poucos. Sempre fui insegura, quase tímida, mas mais insegura. Tinha medo de falar em público, medo ficar doente, medo de morrer. Engraçado que quando me casei, não me via com ele no final da vida. Mesmo antes de pensar em separar. Pois é, não temos como saber como será o amanhã. Por mais que hoje eu tente fazer tudo certo, não sei o que isso vai mudar no meu amanhã. Penso hoje que foram tantas as decisões confusas, mal interpretadas, sem sucesso. Mas ao mesmo tempo fico aqui com sono, porque não quero ficar atrás de acertos, Cansei de ´pensar neles, se existiram ou não. Cansei de querer ser mais, ter mais, ser a mais. Hoje não sei se por decepção, maturidade, velhice mesmo, cansei. Cansei da luta incerta, da busca inútil, do sonho em vão. Hoje só queria que me conquistassem, que a busca fosse de outro, não minha. Queria hoje somente o colo oferecido, o beijo roubado, o calor espontâneo. A valsa sonhada, rodada, dançada. O ombro amigo, o corpo colado, a mão na tua, o sentir da respiração no pescoço, tudo tão encantado.

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